terça-feira, 28 de abril de 2009

Imperatriz Menen

Rei Alfa y Rainha Omega Selassie I Jah Rastafari

Uma Biografia

Imperatriz Menen Asfaw (25 de Março de 1889 – 15 de Fevereiro de 1962) era a esposa e consorte do Imperador Haile Selassie I da Etiópia. Imperatriz Menen era filha de Asfaw, Jantirar de Ambassel. Ele era um descendente direto de Imperador Libna Dingel, através do Imperador Gelawdewos da Etiópia e sua filha, Princesa Enkulal Gelawdewos, mas esta genealogia foi apagada da história oficial da Imperatriz Menen. Contudo, o título de Jantirar tradicionalmente pertencia ao chege (cabeça) da fampilia que guardava o forte da montanha de Ambassel e Jantirar Asfaw era um deles.


Por outro lado sua mãe era Woizero Sehin Mikael, meia-irmã de Lij Iyasu (Iy
asu V), e filha do Rei Mikael de Wollo. A mãe de Woizero Sehin, Woizero Fantaye Gebru, era descendente direta do Imperador Susenyos na linhagem "Seife Melekot". A Imperatriz Menen e o Imperador Haile Selassie foram pais de seis crianças: Princesa Tenagnework, Príncipe Asfaw Wosse (Imperador-no-Exílio Amha Selassie I), Princesa Tsehai, Princesa Zenebework, Príncipe Makonnen Duque de Harar e Príncipe Sahle Selassie.


De acordo com os relatórios publicados e não-publicados, a então Woizero Menen Asfaw foi dada em casamento por sua família ao proeminente nobre de Wollo, Dejazmatch Ali de Cherecha e deu a ele uma filha, Woizero Belajnesh Ali e um filho, Jantirar Asfaw Ali. O primeiro casamento acabou em divórcio e Woizero Menen então se casou como Dejazmatch Amede Ali Aba-Deyas, outro nobre muito proeminente de Wollo. Ela deu ao seu segundo marido mais dois filhos: uma filha, Woizero Desta Amede e um filho, Jantirar Gebregziabiher Amede. Passada a morte do seu segundo marido, o pai da Imperatriz Menen, Rei Mikael de Wollo arranjou seu casamento com Ras Leul Seged Atnaf Seged, um nobre proeminente de Shewa, por volta de 1909 ou 1910. Imperatriz Menen não teve filhos de Ras Leul Seged, que era consideravelmente mais velho que ela. Woizero Menen provavelmente encontrou Dejazmatch Tafari Makonnen na casa de se
u tio, Lij Iyasu. O entrosamento entre os dois pode ter inspirado Lij Iyasu a tentar unir Dejazmatch Tafari a ele mais firmemente através de laços matrimoniais. Ele, portanto, arranjou a separação de Imperatriz Menen de Ras Leul Seged, e a mandou para Harar para se casar com Dejazmatch Tafari Makonnen. Eles se casaram no início de Agosto de 1911. Aparentemente Ras Leul Seged não guardou de Dejazmatch Tafari Makonnen por esta circunstância, colocando toda a culpa em Lij Iyasu, que comandou a separação. Ras Leul Seged este entre os líderes que lutaram contra as forças Iyasuístas na queda de Lij Iyasu em 1917 e morreu naquela batalha (batalha que ficou conhecida como "Ye-segelle Tornnet", que significa batalha de Segelle). As circunstâncias do casamento e como ele aconteceu estão supostamente detalhados no livro de memórias não publicado de Ras Imiru Haile Selassie, primo e amigo de infância do Imperador Haile Selassie, que participou dos preparativos do casamento e estava intimamente familiarizado com estes eventos. O casamento também é detalhado na biografia recentemente publicada em amárico "Tafari Makonnen, Rejimu Ye Siltan Guzo" (Tafari Makonnen, a Longa Jornada ao Poder) do Embaixador Zewde Retta.


No relato dado na autobiografia do Imperador, "Minha Vida e o Progresso da Etiópia", não existe menção a filhos ou casamentos anteriores de Imperatriz Menen e nenhuma ordem de casamento dada por Iyasu, mas somente afirma que por volta dos 20 anos eles se casaram por sua própria vontade e consentimento mútuo, e a descreve como uma "mulher sem nenhuma malícia absolutamente". Quando Tafari Makonnen se tornou Imperador da Etiópia como Haile Selassie I, Menen Asfaw foi coroada como Imperatriz Menen ao seu lado.


Imperatriz Menen era ativa promovendo as questões da mulher na Etiópia; era p
atronesse da Cruz Vermelha Etíope e também da Organização de Caridade das Mulheres Etíopes. Ela também era patronesse da Sociedade Jerusalém, que organizava peregrinações à Terra Santa. Ela fundou a Escola Imperatriz Menen para Meninas em Addis Ababa, a primeira escola somente para meninas que tinha tanto estudantes no internato como no período normal. Meninas de todo Império eram trazidas para a escola, para receberem uma educação moderna, encorajadas pela Imperatriz Menen, que às vezes visitava a escola e presidia as cerimônias de graduação.

A Imperatriz Menen fez doações generosas e também patrocinou programas para os pobres, doentes e deficientes. Ela também era uma mulher devotamente religiosa, que fez muito para ajudar a Igreja Ortodoxa Etíope. Ela construiu, restaurou e doou fundos a numerosas igrejas na Etiópia e na Terra Santa. Entre as igrejas importantes estão a Igreja S. Raguel no distrito Merkato de Addis Ababa, a Igreja Kidane Mehret (Nossa Senhora da Aliança da Misericórdia) no Monte Entoto, o Monastério da Santíssima Trindade nos bancos do Rio Jordão na Terra Santa. Ela doou generosamente dos seus fundos pessoais para a construção de nova Catedral de Santa Maria de Sião em Axum
, mas não viveu o suficiente para vê-la completa e consagrada.


Quando a Imperatriz foi exilada da Etiópia durante a ocupação italiana de 1936 a 1941, ela fez uma promessa a Virgem Maria na Igreja da Natividade em Belém, prometendo dar sua coroa a igreja se a Etiópia fosse libertada da ocupação. A Imperatriz fez numerosas peregrinações a lugares sagrados na Palestina (que na época era governada pela Inglaterra), Síria e Líbano durante o exílio para orar por sua terra natal que estava ocupada. Logo após o retorno do Imperador Haile Selassie I e sua família para a Etiópia em 1941, uma réplica da coroa foi feita para as futuras Imperatrizes, mas a coroa original que a Imperatriz Menen foi coroada ao lado do seu marido em 1930, foi enviada para a Igreja da Natividade em Belém. Embora a Imperatriz Menen fosse vista diversas vezes com uma tiara em eventos públicos que pediam por isso, ela nunca mais viria a usar uma coroa completa.


Imperatriz Menen desempenhava perfeitamente sua função de Imperatriz-consorte. Nas suas aparições públicas ela combinava devoção religiosa, interesse nas causas sociais e apoio aos planos de desenvolvimento, com a majestade do seu status imperial. Por fora, ela era uma esposa respeitosa e obediente que visitava escolas, igrejas, exposições e fazendas-modelo; ela comparecia a eventos públicos e de estado ao lado de seu esposo ou sozinha. Ela não tomava nenhuma posição em público sobre assuntos relacionados à política. Por trás das cortinas, no entanto, ela era a conselheira em que o Imperador mais confiava, oferecendo conselhos sobre várias questões. Ela evitava o papel político que foi assumido por sua prede cessora como consorte, a Imperatriz Taitu Bitul, cujo ativismo político causou grande ressentimento nos círculos do governo durante o reinado de Menelik II.

A Imperatriz e alguns de seus familiares foram colocados sob prisão domiciliar brevemente durante a tentativa de golpe da Guarda Imperial contra seu marido em 1960. Depois do retorno do Imperador e o final da tentativa de golpe, houve muita especulação quanto à conduta do príncipe herdeiro, que havia sido proclamado monarca pelos líderes do golpe. Era sabido que o príncipe herdeiro havia acompanhado sua mãe em um passeio de carro pelos jardins do palácio, fazendo paradas nos postos da Guarda Imperial para troca de amabilidades, na noite anterior ao início do golpe. A dedicada Imperatriz foi convencida a visitar os postos da guarda pelos oficiais de segurança, que estavam preocupados com a moral dos soldados e talvez tivessem uma idéia de que alguma coisa estava se armando. A aparição da Imperatriz Menen com o príncipe herdeiro ao seu lado pode ter sido usada pelos oficiais como um indício aos seus seguidores de que a Imperatriz poderia simpatizar com um movimento que colocaria seu filho preferido no trono. É extremamente improvável que a Imperatriz ou o Príncipe herdeiro tivessem alguma idéia do que estava sendo tramado. No entanto, uma nuvem de suspeita nunca deixou o príncipe herdeiro e a Imperatriz ficou profundamente entristecida com isso.


Depois da sua passagem em 1961, a Imperatriz foi enterrada na cripta da Catedral da Santíssima Trindade em Addis Ababa, entre a tumba de seus filhos. O primeiro ministro Aklilu Haptewold discursou sobre a Imperatriz, prestando tributo à sua devoção, ao seu papel como conselheira e ajudante do Imperador e também sobre sua bondade pessoal. No terceiro dia do memorial após o funeral, o próprio Imperador prestou tributo à sua esposa dizendo que, apesar do Primeiro ter descrito habilmente o tipo de pessoa que havia sido sua esposa, ele queria dizer que durante as cinco décadas de casamento, nenhuma vez foi necessário que terceiros mediassem entre ele e sua esposa, e que seu casamento havia sido um casamento de paz e ajuda mútua. A dor do Imperador era realmente profunda.

Traduzido : Sista Nanda - Master


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